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Porra, Ritchie,
há um mês que não aparecias!
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Voltas, somes uma semana,
tornas a voltar...
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A tua mãe e eu conversámos,
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ela juntou tudo o que era teu
e vais dormir na garagem.
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- Eu fico lá na garagem!
- Isto não é nenhum hotel.
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- Não sabem ir para o quarto?
- A casa é da tua mãe e minha,
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fazemos o que bem nos apetece!
E tens lá idade para viver em casa;
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devias estar era grato
por te darmos a garagem.
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Mãe, este gajo
quer-me pôr na garagem.
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Quer expulsar-me de minha casa.
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Verás como gostas,
dou-te dinheiro para a arranjares.
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E lá podes tocar
a guitarra aos gritos!
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A tua mãe e eu precisamos
da nossa privacidade.
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E a partir de hoje passas
a tocar à merda da campaínha.
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Dá-me as chaves,
dá cá as tuas chaves.
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Anda, dá-me as chaves.
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Julgas que tens doze anos?!
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Mãe, por favor, não me faças
uma coisa destas.
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Odeio-te, meu bosta de merda.
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- Ritchie, volta aqui!
- Helen, sou eu ou ele!
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Ele é meu filho, porra!
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Fiquei com os tomates doridos;
estás contente?!
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O Filho de Sam, o assassino de
jovens usando o cabelo comprido
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provocou uma corrida
de morenas aos cabeleireiros
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para o pintarem de louro como
protecção contra este tarado.
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Mas se vem mais cedo
não o posso pintar.
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Se fosse a ti tinha mais cuidado,
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ou quando chegares ao altar
é com uma catrefada de noivos.
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Tu calas-te, Vinny?
Pareces o meu pai.
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Pois, mas não sou teu pai?
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Já sei que viste o assassino.
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- Quem te disse essa merda?
- Só ouvi dizer por aí...
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Pois não vi ninguém, sim?
Lembra-te disso.
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Obrigada pelo corte.
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Usa-o.