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Que felizardo sou por ter a tutela
moral de Lowell Bergman
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para me mostrar o caminho.
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Deixa-te disso!
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Deixa-te tu disso!
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Nunca deixei uma fonte à seca.
Nunca!
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Abandonada.
Nunca, até hoje.
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Quando aceitei este lugar,
vinha com a minha palavra intacta.
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Vou sair com ela intacta.
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Que se lixem as regras do jogo!
Tu conheces-me, Mike.
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Que esperavas?
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Esperavas que eu desistisse?
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Que recuasse?
Ou que esquecesse?
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Quando se chega onde eu cheguei,
há outras coisas a ter em conta.
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Responsabilidade empresarial?
O quê... a fama?
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Não me refiro à fama,
à vaidade nem à CBS.
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Refiro-me a estarmos mais
próximos do fim da vida.
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E em que se pensa nessa altura?
No futuro?
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"No futuro vou fazer isto,
ser aquilo..."? Qual futuro?
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O que pensamos é...
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"Como vão olhar
para mim no final?"
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Depois da minha morte.
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Ao longo da minha vida,
terei causado algum impacte.
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Cobri o "Irão-Contras"
e o Ayatollah, o Malcom X...
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... Martin Luther King,
Saddam, Sadat, etc...
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Mostrei-lhes ladrões
de fato e gravata.
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Passei uma vida inteira
a construir tudo isso.
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Mas a história só recorda
o que fizemos em último lugar.
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E será que vai ser transmitir
uma peça
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que permitirá a uma tabaqueira
gigante esmagar esta estação?
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Será que isso vai dar...
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alguma tranquilidade
à minha vida?
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Claro.