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Por que queres saber?
- A infeIicidade adora companhia.
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Não, arranjavas maneira
de usar a história contra mim.
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Pronto, taIvez tenha sido assim
mas estou muito mudada,
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agora que fui magoada
oIho a vida de outra maneira.
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Tinhas razão...
- Foi a distância.
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Mas para mim não importava,
eu ia Iá, vinha eIa cá,
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se prometia teIefonar a uma dada
hora, estivesse onde estivesse...
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TeIefonavas.
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Se ficava eIa de teIefonar,
estava sempre em casa, à espera...
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Como a adorava, isso para mim
nunca foi sacrifíicio.
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Mas para eIa, sim?
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Num fim-de-semana que fui Iá,
estávamos nós a despedir-nos
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quando apareceu a amiga deIa
mais o namorado,
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os dois com sacos de roupa suja.
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E a Betty desatou a chorar.
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Perguntei-Ihe o que tinha
e eIa disse...
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Nunca pomos juntos
a roupa a Iavar.
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E tinha razão, nunca pusemos
a nossa roupa a Iavar, juntos.
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E pronto.
- Acabaram devido a roupa suja?
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Eu Iavo a minha fora.
- Não foi só a roupa,
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mas tudo o que casais fazem
e devem fazerjuntos.
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EIa não suportou a faIta
de tempo um para o outro.
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Não podias ir para Iá?
- A boIsa...
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E vir eIa para cá?
- A boIsa...
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Portanto, acabaram?
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EIa precisava de coisas
que eu não Ihe podia dar.
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E havia mais pormenores...
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Diferenças a mais
tornam uma reIação impossíveI.
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O MichaeI e eu não
concordávamos em nada. Nunca.
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E eu adorava isso: discutíamos,
berrávamos, fazíamo-nos...
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E é do que sinto faIta.
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Que reIação menos sadia...
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Percebes Iá aIguma coisa
de reIações sadias.
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Quem és para juIgar
uma reIação?
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Vês como foi um disparate?