Quills
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:09:01
Compõe a prosa dele
dentro de um asilo de loucos.

:09:04
Basta!
:09:06
Confiscai todas as cópias.
:09:08
Queimá-las-emos todas no relvado
do palácio, à vista de todos!

:09:14
Quanto ao autor, fuzilai-o.
:09:23
Um conselho, Senhor.
:09:25
Todos recordamos o que aconteceu
a Robespierre, Danton e Marat.

:09:29
Se mandais matar o Marquês, a
História pode considerar-vos déspota.

:09:34
- Mas eu sou a História.
- Claro, Vossa Majestade.

:09:38
Mesmo assim,
curai o Marquês de Sade.

:09:42
Triunfai onde inúmeros médicos
e sacerdotes fracassaram.

:09:48
Ninguém pode criticar Napoleão...
:09:51
...por chamar um homem à razão.
:09:55
Posso sugerir uma avaliação
ao Asilo de Charenton...

:10:00
...e ao internado de má reputação
que lá se encontra?

:10:03
Tenho o candidato perfeito
para o serviço.

:10:05
Dr. Royer-Collard,
um distinto psiquiatra.

:10:10
Um homem de fortes princípios,
de grande carácter...

:10:14
...e com uma determinacão de ferro.
:10:25
Os meus colegas já me chamaram
antiquado e até bárbaro.

:10:34
Mas aqui, no Hotel Dieu, preferimos
um tipo de tratamento agressivo.

:10:38
De facto.
:10:39
Não pretendo popularidade ou renome.
:10:42
A minha missão é mais elevada:
:10:46
Pegar nos pequenos erros de Deus
e naqueles que Ele abandonou...

:10:49
...e condicioná-los
com a mesma força, o mesmo rigor...

:10:52
...que empregaríamos para treinar um
cão feroz ou um garanhão selvagem.

:10:58
Isto pode não ser agradável à vista,
mas é, ainda assim, misericórdia.


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