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Não faltou amor
a nenhuma das nossas filhas.
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Havia muito amor na nossa casa.
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Nunca compreendi porquê.
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Após o suicídio, os Lisbon já
não tentaram levar uma vida normal.
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Pediram ao Sr. Heldie
para arrumar a casa,
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vendendo o que puderam
numa venda de garagem.
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O Sr. Lisbon pôs a casa à venda
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e esta foi adquirida
por um jovem casal de Boston.
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Nós ficámos com as fotos de
família que foram postas no lixo.
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No fim, tínhamos peças do puzzle,
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mas independentemente de como
as encaixássemos, havia falhas,
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vazios de formas estranhas,
como aquilo que as rodeava,
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como países
de que não sabíamos o nome.
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O que restou
depois delas não foi vida,
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mas apenas o mais trivial
dos factos mundanos...
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...um relógio a trabalhar
numa parede...
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...a luz da sala ao meio-dia...
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...a indecência de um ser humano
que apenas pensa nele próprio.
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Iniciámos o processo impossível
de tentar esquecê-las.