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enquanto os Soviéticos instalavam
mísseis debaixo do nosso nariz.
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Ignoremos a segunda carta
e concordemos com a primeira.
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Não há razões para crer
que os Soviéticos vão concordar.
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O Max tem razão.
Porque razão irão eles aceitar?
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Pode resultar. "Se" eles acreditarem
que vamos atingi-los a sério.
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Temos tempo para mais uma volta
de diplomacia e mais nada.
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O primeiro ataque aéreo
começa dentro de 28 horas.
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Mas temos de fazer
com que concordem com o plano.
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- E como fazemos isso?
- Vamos dar-lhes algo.
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Dizemos que vamos retirar
os mísseis da Turquia...
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Esperem lá! Mas fazemos isso
daqui a seis meses
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para parecer que não há ligação.
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Dizemos-lhes que se levaram
isto a público, nós negamos.
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Certo.
Nós negamos e não há acordo.
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Será secreto, para podermos
negar qualquer conhecimento.
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É muito óbvio, Kenny.
A imprensa não nos vai largar.
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Daqui a seis meses
estamo-nos nas tintas.
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Na altura tratamos disso.
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Pelo menos iremos ver
se o Kruschev foi destituído.
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E saberemos quem
estamos a enfrentar.
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Tenho pensado no Kruschev.
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Se isto é uma jogada para apaziguar
os da linha dura do governo,
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pode ser o que ele precisa para
recuperar o controlo do seu partido.
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Quem levar esta mensagem
terá de acertar à primeira.
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Se parecermos muito fracos,
eles vão pressionar-nos.
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Se formos agressivos, sentir-se-ão
ameaçados e serão perigosos.
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Todos vocês compreendem
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que é um enorme risco
propor este acordo.
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Porque se eles recusarem
e nós já lhes tivermos dito
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que atacamos segunda-feira
de manhã...
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- Eles atacam primeiro.
- Sim.
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Bobby.
Conheces melhor o Dobrynin.
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Sim.
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Então tens de ser tu.
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Ted, quero que comeces
a trabalhar no discurso.
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Bobby, tens de ir lá e fazer
com que eles compreendam
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que nós temos de obter
uma resposta até amanhã.
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Porque na segunda-feira
entramos em guerra.
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O que queres,
um beijo de despedida?