:03:02
Credo, mas que tara é a vossa,
a dos católicos?
:03:05
Pronto! Pronto!
Tentemos ser construtivos, sim?
:03:12
- Howard, o que tens a dizer?
- Eu cá detestei.
:03:15
As histórias dele dão-me
vontade de me matar.
:03:19
Isso não é propriamente o que eu
entendo por construtivo, Howard.
:03:25
Sim, Hannah?
:03:28
Se calhar, o essencial
está a escapar-nos.
:03:30
Hannah Green,
uma escritora de talento
:03:33
que alugara um quarto
em minha casa.
:03:35
Eu sabia-a perspicaz, amável
:03:37
e utilizadora compulsiva
de botas de cowboy vermelhas.
:03:40
Aliás, nunca, em ocasião
alguma, a vira sem elas.
:03:43
Ele respeita-nos o suficiente para
nos esquecer e isso requer coragem.
:03:47
Bem dito, Hannah.
:03:49
E assim fechamos com chave
de ouro a nossa aula.
:03:52
Não se esqueçam do Festival
da Palavra este fim-de-semana.
:03:54
Quem vai buscar VIPs para os levar
ao cocktail desta noite
:03:57
tem de estar em casa da reitora
no máximo até às 5 e meia.
:04:03
Obrigado pela intervenção.
Ele está bem?
:04:10
Acho que sim.
E o professor?
:04:13
Eu? Sim. Porquê?
:04:15
Só para saber.
:04:22
Apague a luz, por favor.
:04:32
Era uma boa sensação,
aquela de estar no carro, sozinho.
:04:36
Ali podia desanuviar a mente.
:04:43
Naquela noite seria a abertura
do Festival da Palavra,
:04:45
a "palratona" anual de 3 dias
da universidade,
:04:48
dedicada a escritores
e aspirantes.
:04:50
O meu editor, Terry Crabtree,
vinha para o acontecimento.
:04:53
Só ele se batera pelo meu
último romance.
:04:56
"A Filha do Incendiário",
e o seu êxito junto da crítica
:04:58
atirara-nos para a ribalta.