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Não me digas, James?!
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Onde é que moras, afinal, James?
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Pelos vistos,
nem sequer a Hannah Green
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faz a mais pequena das ideias
onde fica o teu apartamento.
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Fui corrido.
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Bem, corrido corrido, não.
Pediram-me para sair.
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Deve haver uma história
por trás disso.
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Há, mas não é lá
muito interessante.
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Onde estás agora?
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Na...
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... estação de camionetas.
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Não é muito mau. Conheço
o empregado que faz as noites
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e há um cacifo avariado
onde posso pôr as minhas coisas.
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Credo, James!
Há quanto tempo vives assim?
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Há duas semanas.
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É por isso que tenho a pistola,
para me proteger.
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- Devias ter contando a alguém.
- A quem?
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Sei lá. A mim?
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A história do James era material
saído de uma ficção barata.
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Noutras circunstâncias
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ter-me-la perguntado
onde acabava a página
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e começava a vida real,
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mas tinha outras coisas
em que pensar.
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"Pensando em ti"
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A casa dos Gaskell parecia
deserta, o que era de prever,
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pois o Festival da Palavra
decorria na faculdade.
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- O que estamos nós...
- Não abuses disso. É muito ácido.
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Não consigo evitar.
Não sei o que se passa comigo.
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James, estás de ressaca.
O que julgavas tu que era?
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Eu já volto.
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Eu sabia que precisava de ter
uma conversa sincera com a Sara,
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mas até lá efectuaria apenas
um pequeno gesto.