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Eve, espera! Espera!
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Espere um instante.
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Enganaste-me.
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Eu sabia que não virias
se te dissesse a verdade.
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O que estás a fazer, Sara?
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Sinceramente, já não te compreendo.
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Por favor diz-me qualquer coisa
que tenha um pouco de lógica.
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Passei o voo todo
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a olhar para o céu e a pensar
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não no meu noivo, mas nesse
homem misterioso
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que conheci há um milhão
e meio de horas.
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Um homem de que apenas recordo
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a vaga imagem que tenho na memória.
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Foram só uns brevíssimos segundos...
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E foi como se
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nesse instante
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o universo existisse apenas
para nos juntar.
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É por isso que estou aqui
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e deixo que o destino me leve
para onde ele quiser.
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Porque quando isto acabar, ao menos
não terei de pensar mais nele.
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Rezemos para que ele seja
um fascista careca
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que tira burriés do nariz e os põe
debaixo do assento do carro.
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Pode esperar um bocadinho?
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Para onde vão?
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Tens de me comprar um grande
bolo de aniversário.
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- Qual o destino?
- O Waldorf.
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Finalmente decidiu-se.
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Ora bem, vamos...
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- para aquele lado.
- Aqui vou eu.
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Liga o computador e procura.
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- Nem sei se posso informá-Io.
- E não podes porquê?