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Um pai muito transtornado
barricou-se lá dentro
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e esperamos que se acalme.
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Não lhe dê tempo demais.
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Acabemos isto rápida
e discretamente, sim?
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- A ideia é essa.
- Ainda bem.
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Nesse caso, estou aqui
para apoiar como puder.
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Não preciso de ama seca,
tenho tudo controlado.
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- Não me diga?
- Digo, sim.
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Não podemos ter gente armada
nas ruas, Frank.
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Dá a ideia
de que a cidade não é segura.
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Além disso, tenho de estar aqui.
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Quando o chefe da polícia não aparece,
dizem que anda a dormir na forma.
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Desde que não me atrapalhe...
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As câmaras estão daquele lado.
Está mais à vontade ali.
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Porque não se descontrai?
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- Descontraia-se! Não consegue?
- Estou óptimo.
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Então faça o seu trabalho.
Não vim apertar-lhe os calos.
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- Eu estou a fazer o meu trabalho.
- Estamos do mesmo lado, lembra-se?
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Gostei de o ver. Obrigado. Está lá?
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Sim, Sr. Presidente da Câmara.
Já venho falar consigo...
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Não, está tudo controlado.
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Como estão?
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O velhote está atarantado.
Querem dar-lhe uma ajudinha?
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Não percebo como é que os médicos
nunca detectaram isto.
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O meu filho vai anualmente
ao médico desde que nasceu.
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Como é que isto pôde escapar
aos médicos?
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Pode não ter feito exames
suficientemente precisos.
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Porquê?
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Você está no regime geral
da Segurança Social, não está?
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Aí tem a sua resposta.
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O regime geral paga aos médicos
para não prescreverem exames.
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É uma forma de controlar os custos.
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Digamos que o Mike precisava
de testes mais pormenorizados,
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mas o seguro não quer pagar.
O médico não diz nada
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e pela altura do Natal,
recebe um cheque generoso.
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- É verdade?
- É possível.
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Não é provável, mas é possível.