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da forma mais
despercebida possível,
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pareceu-lhe que todos tinham começado
a movimentar-se nesse momento.
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- Grace!
- Sim, Vera.
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Se pensa que por ter batido ao meu filho pode
deixar de trabalhar para mim, pense de novo.
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Porque não vem conforme o planeado,
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e encontraremos algo onde
não possa magoar ninguém.
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- Ao meio dia?
- Sim.
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Porque é que leva os
seus pertences consigo?
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Tem medo de os perder?
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Grace, o Ben carregará hoje as maçãs,
assim não carregaremos as taças.
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Mas não significa que não tenha trabalho.
O pai quer que re-embale a última carga.
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Talvez, desta vez, o possa fazer melhor
e teremos uma embalagem extra.
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Uma velha embalagem como esta pode não
ter grande valor para si, mas isto é Dogville.
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Aqui não somos ricos.
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E se as suas mãos ficam
um pouco vermelhas,
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tenho um conselho sobre
algo que lhes pode aplicar.
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- Grace!
- Oh, Martha.
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Temos de lavar de novo
os ladrilhos dos degraus.
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A sujidade entrou por baixo da porta.
Não consigo abri-la.
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Onde esteve? A colheita é o
momento mais sagrado do ano.
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Isto não soa a algo
que você poderia ter dito?
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Descerei num minuto, Chuck.
Eu levo os cestos para baixo.
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Muito bem.
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Enquanto a Grace ia para a garagem,
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sentia-se muito mais aliviada com a decisão
de ter mantido oculta sua partida.
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Actualmente, havia bastante trabalho
que Dogville não precisava de fazer,
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mas que os seus habitantes
deveriam fazer eles mesmos no futuro.
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Sim, uh, Grace, eu não
gostaria de dizer isto,
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mas gostaria de lhe
pedir o dinheiro adiantado.
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Vê, é assim que se faz na
indústria dos transportes.
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Quando se entrega a carga, já não há
nada para negociar, compreende?
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Claro.
Aqui está o dinheiro.
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Este não é um trabalho
profissional, é óbvio.
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- Não saia...
- Está bem, Ben.
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Até que eu o diga.