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Assim funciona. Tuas palavras, não as minhas.
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Tens que ser tu.
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Ela disse que estava aí
porque tu lhe disseste que estarias aí.
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Não me digas que voltei e fiz isto por nada.
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ELE não dispara?
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-Não. Não disparou.
-Nunca dispara?
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-Nem ainda que foste sobre ele?
-Não. Não disparou.
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Não o fez quando me fui sobre ele.
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E pelo que Robert te diz,
não o fez esta noite.
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Não tem guelras. Sabemo-lo todo.
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De acordo? Somos clarividentes.
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Ainda assim, podemos ter cuidado.
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Quiçá podamos obter a arma
sem que ele o saiba.
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Por suposto.
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A deixa no caminhão antes de entrar.
Nem sequer precisamos...
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-mas se te faz sentir melhor...
-Que passa com nossas mãos?
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A que te referes?
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Por que não podemos escrever
como a gente normal?
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Não sei. Posso ver as letras.
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Sê como deveriam ver-se.
Mas não lucro que minha mão as escreva bem.
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Prova escrevendo com a esquerda.
Com a minha, vêem-se igual.
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Adivinha que dia é hoje.
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Não, não.
É o aniversário de teu amigo Robert.
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Diz que gosta dos discos, que lhe
comprei de The Best of Bread.
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Não, discos para valer, de vinil.
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Posso dizer-lhes com certeza
que fiz essa noite quando me tocou a mim.
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Mas creio que não serviria de nada,
porque o que o mundo recorda...