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Marte fica a mais de 210 milhões
de quilómetros do Sol.
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Há séculos que se encontra
na fase final da exaustão.
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De noite, as temperaturas descem
abaixo de zero, mesmo no equador.
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Os habitantes deste planeta moribundo
olharam o espaço com instrumentos -
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- com os quais
ainda mal sonhámos, -
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- em busca de outro mundo
para onde pudessem migrar.
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Não podiam ir para Plutão, -
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- tão frio que a atmosfera
se encontra gelada na superfície.
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Não podiam usar Neptuno ou Urano,
mundos gémeos em noite eterna, -
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- ambos rodeados por uma atmosfera
de gás metano e vapores de amónia.
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Pensaram em Saturno, atraente
com as suas luas e anéis, -
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- mas a temperatura aproxima-se
dos 132 graus negativos, -
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- e o gelo tem 22 000 km
de profundidade na sua superfície.
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O mundo mais próximo era Júpiter,
com vastas falésias de lava e gelo, -
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- com hidrogénio a arder nos cumes.
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A atmosfera é horrível. Milhares
de quilos por centímetro quadrado.
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Não podiam ir para lá, nem para
Mercúrio, o mais próximo do sol.
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Não tem ar. A temperatura no seu
equador é a de chumbo derretido.
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De todos os mundos estudados e
vistos pelos habitantes de Marte, -
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- só a nossa Terra era verde de
vegetação, brilhava de água, -
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- e possuía uma atmosfera nublada,
sinónimo de fertilidade.
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Não ocorreu à humanidade que um
destino repentino pairava sobre nós.
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Ou que estávamos a ser observados
a partir do espaço exterior.